Muitos casais ficam num vai-e-vém eterno. Vivem momentos de grande euforia romântica no qual o amor que sentem parece explodir por dentro de seus peitos, mesclados com períodos de dor, sofrimento, raiva, culpa e vontade de sair correndo desse relacionamento que consideram “sufocante, ruim e infeliz”.
O que leva casais tão felizes a suportarem momentos de tanta tristeza, dos quais não conseguem se libertar?
Quem olha de fora pensa que é muito simples. Costuma dizer que, “já que o relacionamento não está dando certo, porque cada um não vai para o seu lado?”
A questão é que o amor existe, habita lá no fundo de nossas almas, mas nossas personalidades cheias de falhas, nossos egos desejosos de autopromoção, nossa falta de paciência e compaixão pelo outro nos faz repetir velhos e muito corriqueiros hábitos e esquemas que, obviamente, resproduzem os mesmos sofríveis resultados: brigas, discussões, reclamações, sentimentos de vítima e mágoa.
Sabendo disso, como se libertar? Como dar um basta a este círculo vicioso de união-separação, amo-odeio?
A resposta sempre está dentro de nós mesmos, o tempo todo. São nossos pensamentos, nossas ações, nossas palavras que criam e destroem cada situação em nossa vida. Por isso é preciso observar como estamos projetando nossos relacionamentos.
Pergunte a si mesmo:
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como eu enxergo meu relacionamento, meu/minha parceiro(a)?
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o que eu costumo dizer a mim mesmo?
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o que eu realmente quero?
Geralmente os casais que se amam, mas que vivem brigando, responderão essas perguntas dizendo que enxergam o relacionamento como algo maravilhoso, quando estão bem, e como algo muito ruim, quando estão mal. Dirão que seus parceiros são difícieis de lidar, imaturos, insensíveis e que não contribuem o suficiente, nem lutam pelo relacionamento. Chamarão a si mesmos de burros, tolos, sem importância, toda vez que o outro não der atenção ou mostrar descontentamento, isso quando não cometerem algum erro que, com certeza na mente daquele que foi prejudicado, terá sido de propósito. O interessante é que a resposta da pergunta três será: sim, eu quero continuar tentando, porque eu amo e os momentos bons não são simplesmente bons, são maravilhosos.
Podemos entender então que, em essência, o amor está ali. É a superfície dos pensamentos e emoções viciadas num ponto de vista negativo, que têm origem na falta de amor por si mesmos, que causa tantos transtornos, já que tanto um quanto o outro só vê defeitos e acusações em cada detalhe, mesmo que na verdade eles não estejam lá.
Sabendo disso, revise seus pensamentos e se proponha a mudar. Se você ama e sente amor de volta, lute por isso, não deixe seu relacionamento morrer por causa de um simples ponto de vista. Enxergue o outro, confie no outro e seja feliz.
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