Quando vejo preconceito nas pessoas não-vegetarianas em relação a minha filosofia alimentar, fico pensando nas imagens de gente esquisita, fraca ou doente, de ativistas radicais, vídeos chocantes, de pessoas comuns sendo insultadas ou obrigadas a mudarem de vida que passam por suas mentes. Por isso, gostaria de propor uma reflexão tanto para os vegetarianos quanto os não-vegetarianos.
O que fez com que eu abolisse o consumo de carnes animais em 2007 foi o amor aos animais, motivação esta que deveria ser a primeira de todos os que seguem este caminho. Afinal, todo o resto, como saúde, preservação do ambiente, economia, acabam vindo como acréscimo. Isto posto, se uma pessoa se torna vegana por amor aos seres vivos, se lhe abomina ter que matar para se alimentar, é totalmente incongruente que este mesmo vegano odeie, desrespeite, julgue ou invada a privacidade daqueles que ainda não compreenderam que os animais têm direitos, que merecem ser livres e que não existem para serem nossos escravos.
Por mais que seja difícil para nós olhar o prato de um amigo ou familiar que continua mantendo este hábito, é preciso lembrar que nós também não compreendíamos e, mesmo entendendo com a mente racional, o hábito de comer animais e seus derivados continuou. Eu, por exemplo, demorei alguns anos até “cair a ficha”. Assim, costumo dizer que vegano deve ser puro amor. Amor sem preconceitos e sem preferência de raças ou espécies. Amor tanto por humanos, quanto animais. Se não for assim, como poderemos de fato influenciar positivamente qualquer pessoa? Quem vai querer seguir um modo de vida em que haja raiva?
Naturalmente que amar não significa deixar tudo a esmo ou ser passivo. É preciso sim esclarecer, conscientizar, tudo com muita paciência, carinho, compreensão e perseverança. Afinal, trata apenas de uma questão de tempo, já que o vegetarianismo é a tendência futura da humanidade simplesmente por sanar todos os problemas relacionados com a alimentação atual, indo da fome, das doenças crônicas à poluição do meio ambiente, os altos custos de produção até a questão ética e dos direitos animais. Não há argumento que possa dizer que ser vegetariano não é a solução mais lógica. Ela pode não ser agradável a muita gente por diversos motivos. Alguns simplesmente não querem mudar, outros estão ainda apegados ao gosto da carne, tem ainda muitos que acreditam sem contestar que os animais só servem para virar alimento. Porém, posso dizer que a maioria simplesmente não sabe o que está acontecendo, tal como eu, que mesmo sabendo que comia animais, me esquecia deles, pois uma fatia de presunto não lembra o porquinho e a almôndega não faz menção ao real monte de carne de vaca triturada.
Portanto, peço aos veganos e vegetarianos que se contenham e aceitem as pessoas como são, tomando medidas realmente efetivas, como promover encontros, agir diretamente no governo, criar projetos, divulgar a filosofia de vida, cozinhar para parentes e amigos, não tendo vergonha de se mostrar e muito menos perdendo tempo com críticas e constrangimentos.
Afinal, só o amor pode construir um planeta sem mortes. Então, lembre-se sempre que ser vegano é amar toda a vida, independentemente de qual forma venha.
Eu achava que vegano era uma alimentação saudável, mas pelo visto a única importância é retirar produtos de origem animal, enquanto isso nas receitas usa e abusa do açucar refinado, sal refinado, óleo vegetal, margarina, fora as frituras rsrs. Não dá!
É necessário adaptar!
Boa noite, Junior!
Ser vegano/vegetariano, em essência, é libertar os animais.
É claro que buscar uma alimentação saudável em todos os níveis deve ser buscada, até porque para amar aos outros e aos animais, precisamos antes amar a nós mesmos.
De todo modo, as receitas do blog visam atender às necessidades de todas as pessoas, cada uma num nível diferente.
Você sabe que nem todos buscam ser vegetarianos pelos animais. Alguns vem para emagrecer, outros porque querem variedade. Tem quem precisa restringir a alimentação por motivos de saúde. O que importa é que, todas as vezes que alguém faz isso, algum animal é poupado.
Em relação à alimentação 100% saudável, vai de cada um. Afinal, antes uma pessoa que poupa uma vida e se alimenta mais ou menos do que uma que tem o prato nutricionalmente perfeito, mas com um pedaço de cadáver nele.