Eu não posso negar minha genética e, no dia de hoje, das Mães, resolvi homenagear a minha (italiana) com a receita que mais recorda minha infância. A primeira que a ajudei a fazer quando criança: nhoque. Em casa, nhoque era a “comida dos deuses” e eu me sentia privilegiada, mesmo sem entender direito que seres evocados eram esses. Mas soavam importantes e eu tinha contribuído para aquela refeição, pensava. Talvez por isso tenha tanta satisfação ao cozinhar.
Esta receita é relativamente fácil, embora leve um tempinho para ser feita, o que eu tenho driblar com alguns atalhos. Porém, alguns caminhos principais não deixo de seguir, como o de fazer meu próprio molho de tomate, o “molho pomodoro”.
Nhoque ao pomodoro com manjericão
Veja os ingredientes
Para o nhoque
1 kg de batata
2 gemas (só para dar uma cor, veganos podem dispensar)
2 xícaras e 1/4 de farinha de trigo
Sal
Para o molho
10 tomates italianos (ou o que preferir), cortados e sem semente
alho e cebola
cheiro-verde
pimenta do reino
sal
Modo de Preparo
A primeira coisa é cozinhar as batatas, descascadas e cortadas, na panela de pressão, com um pouco de sal, por 7 minutos. Enquanto isso, refogue o alho e a cebola e acrescente os tomates picados. Não se esqueça de tirar as sementes, pois percebi que elas dão um tom mais ácido ao molho. Além disso, colocar açúcar só mascara a acidez, não a neutraliza de verdade.
Tempere o molho. Vá mexendo de tempos em tempos. Os tomates vão soltar água e cozinhar, dissolvendo-se e virando o molho. Deixe apurar bem. Acrescente o cheiro-verde e reserve.
Pegue uma panela grande, encha de água com um pouco de sal e coloque para ferver.
Cozidas as batatas, passe-as num processador para virarem um purê. Se não tiver, o jeito é usar o espremedor ou mesmo o garfo. Misture neste purê as gemas, mais um pouco de sal e farinha, até desgrudar das mãos. Coloque numa superfície enfarinhada, fazendo rolinhos com pedaços da massa. Depois corte em cubos pequenos, depositando-os em pratos enfarinhados. Procure evitar o excesso de farinha na massa, pois o bom do nhoque é a maciez da batata.
Neste ponto, a água da panela já deve estar fervendo. Coloque o molho de tomate num refratário. Jogue os nhoques que estavam nos pratos nesta água fervente, de um em um. Não encha a panela de uma vez. Aguarde um pouco até que comecem a subir à superfície. Quando isso acontecer, estarão prontos. Pesque-os levemente com uma espumadeira, transferindo-os para um escorredor. Passe-os rapidamente pela água fria da torneira para interromper o cozimento. Escorra o excesso de água e coloque-os no refratário com o molho. Repita a operação até que todos os cubos de massa tenham sido cozidos.
Para finalizar, se quiser, salpique os nhoques com parmesão e coloque no forno até gratinar. Não encha muito com o molho, pois no forno ele irá ferver e pode transbordar. Neste caso, por segurança, coloque o refratário sobre uma assadeira.
Na hora de servir, coloque folhas frescas de manjericão. Uma boa pedida para este prato é um vinho tinto.
Nota: Esta receita serve bem 4 pessoas. Como sou só eu e meu marido na casa e nhoque requentado não é muito bom, congelei metade dos cubinhos, já cozidos. Assim, quando der vontade novamente, é só colocar na água fervente para descongelar e colocar num molho recém preparado. Nhoque revival!
2 comentários sobre “Nhoque ao pomodoro com manjericão”
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