Apesar de não ser muito comum, de vez em quando aparece um personagem vegano ou vegetariano em filmes ou seriados. O problema é que, quase toda vez que isso acontece, eles são retratados como pessoas estranhas, radicais, que fazem questão de serem diferentes, não porque possuem um ideal ou acreditam naquele modo de vida, mas por quererem provocar e aborrecer os outros, os ditos “normais”.
E, no seriado da HBO, True Blood, que mesmo tendo terminado a quinta temporada recentemente, só comecei a ver agora, não traz nada de diferente do esperado. E olha que coisas inusitadas é o que não faltam nesta série! Afinal, coabitam no mesmo espaço vampiros, lobisomens, bacantes, metamorfos, telepatas, etc.
Na primeira temporada tivemos a Amy (acima), que se orgulhava se ser vegana, de comer só comida orgânica e não poluir o planeta. Mas, ela era também uma assassina e viciada em sangue de vampiro.
Já na segunda, a mulher do pastor, Sarah, era conhecida por ser defensora dos direitos dos vampiros e vegetariana, até que conheceu Jesus e passou a ser famosa por seus churrascos (olha o que ela tem na mão!), ajudando a criar um exército para exterminar os vampiros.
Ou seja, trocando em miúdos, seria como dizer que ser ecológico deixa a pessoa louca e defender os direitos de seres diferentes de nós nos leva para as trevas, ao ponto de necessitarmos de salvação espiritual. Assim, é realmente uma pena que distorções como essas continuem se propagando.
Não vou dizer que não existam veganos e vegetarianos loucos, drogados e assassinos, pois isso é algo que independe da alimentação, mas, se um grupo que quase nunca é representado na dramaturgia, quando aparece, o faz dessa forma, isso só ajuda para assustar e afastar as pessoas de um modo de vida muito benéfico e pacífico.
Vou continuar assistindo a série…quem sabe não sou surpreendida no sentido positivo com um novo personagem?
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